Para aqueles que acreditam no caráter neutro das tecnologias da informação e em seu desapego a determinações de natureza política e econômica, a notícia é um bom motivo de reflexão: a Microsoft cortou o serviço do MSN em cinco países considerados como integrantes do Eixo do Mal, a designação que conduziu a política externa belicista do governo Bush. Desde a semana passada, os internautas de Cuba, Síria, Irã, Sudão e Coréia do Norte não conseguem acessar o programa de comunicação instantânea da empresa de Bill Gates. De acordo com o comunicado oficial do LiveSite.net, os serviços oferecidos àqueles países foram "descontinuados", um eufemismo cada vez mais presente no vocabulário da economia global. Diz o texto: "Nós confirmamos a notícia divulgada pelo LiveSide. A Microsoft descontinuou os serviços de mensagem instantânea em certos países sujeitos às sanções dos EUA".
A decisão da Microsoft de bloquear um programa gratuito com base em argumentos econômicos e políticos gerou estranheza e revolta entre blogueiros do mundo todo. Além disso, na contramão da alegada disposição de diálogo do governo Obama e da recuperação do discurso liberal prometido pela Casa Branca, a postura arbitrária da Microsoft causa tanta indignação quanto qualquer outra que viole a liberdade de expressão. Leia outras fontes.
Um comentário:
As tecnologias da Comunicação, como outros bens industrializados são de propriedades comercial de quem as detém. No universo digital, forma alternativa são os softwares livres (no modelo do copyleft) e que permitem a conexão sem pagar a ninguém. Ligar tanta coisa a uma decisão irrelevante me parece desfoque analítico. Afinal, será que estão violando a "liberdade de expressão"? Outras tecnologias estão disponíveis, é só ir atrás... Squirra
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