aqui). Gosto muito das reflexões de Beluzzo, e não fosse ele o palmeirense que é, e minha admiração pela sua obra seria completa. Como ninguém é perfeito, fico satisfeito com as reflexões de natureza acadêmica que ele produz nesse espaço público da reflexão intelectual que é o Jornalismo abrangentemente chamado de cultural - que seus próprios editores têm dificuldade em entender em sua importância e abrangência.
É bem o caso desse texto de Beluzzo: uma boa síntese da dinâmica que a economia global passou a viver em razão da interferência associada dessa dupla dimensão contemporânea: a expansão capitalista associada - como em nenhum outro período da História - à inovação técnica, de tal forma que talvez se aplique ao momento presente, em sua plena integridade, o princípio da destruição sistemática promovida pela abolição do repouso como instância da vida, e é o próprio autor do artigo que lá pelas tantas reconhece isso.
Identificado o painel geral onde se origina essa prática - a "tríade desenvolvida" (EUA, Europa e Japão) - Beluzzo especula sobre as estratégias que os países emergentes da Ásia, em especial a China, adotaram para não perder nem a corrida do desenvolvimento nem espaço na competição global. Penso que é possível resumí-las.
Em primeiro lugar, um regime de regulação sem concessões para a ideologia liberal; uma espécie de revestimento refratário ao descontrole dos fatores de produção que, como todo mundo sabe, estão entre as causas primárias de todas as crises do capitalismo. Diz Beluzzo:
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