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Estadão: no lugar do jornal, uma silhueta turva e evelhecida do jornalismo que construiu sua tradição |
Mesmo assim, observei então - e observo agora - que o discurso que registra esse valor cobra algum tributo de sua construção, geralmente um tributo positivo já que os compromissos de natureza institucional que o estruturam dizem mais respeito à legitimação do veículo do que ao seu perfil empresarial. No final das contas, o êxito de natureza econômica, publicitária etc aparece como decorrência de uma certa coerência que assegura a fidelidade de fatias do público consumidor do jornal, sua clientela e razão de ser da receita publicitária que consegue.
Dito assim, de forma simplificada, corro o risco de tornar obscura essa relação intangível entre duas esferas simultâneas de existência de um jornal e que sinalizam para a sua prática hegemônica no âmbito da manipulação do noticiário e das articulações políticas que inevitavelmente decorrem dela. Mas para os objetivos deste post penso que a análise não é grosseira; ao contrário: indica uma especificidade bastante aguda quando se trata de analisar os produtos da indústria cultural. Pois é essa especificidade que parece estar sendo deixada de lado - ou sequer considerada - quando se avalia com cautela e sob diversos ângulos a notícia sobre o novo projeto do mesmo Estadão (leia aqui em cópia pdf).
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