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Em nome do estímulo aos interesses privados, o Estado do Bem-Estar Social no Brasil está sendo liquidado |
O maior exemplo desse fato são as declarações do "vice-governador" Guilherme Afif Domingos publicadas recentemente na imprensa. Não acho que devo ocupar a atenção do leitor deste blog com a cansativa descrição do currículo de GAD, mas observo que ao argumentar que "a desoneração das mciro e pequenas empresas é 'questão lógica', esse "quase-ministro" põe em funcionamento o dispositivo do argumento vulgar no terreno da obviedade: afinal, nada é ilógico quando se fala da desoneração fiscal num país onde os serviços públicos, justamente por serem administrados sob a ótica da racionalidade privada, estão falidos. Mas é um pouco mais que isso, já que a histórica e sistemática campanha publicitária em torno da carga tributária brasileira sedimentou todo o terreno para qualquer discurso nesse sentido.
O que Afif não diz - ou por que não sabe ou por má fé - é que a política (irresponsável) da desoneração posta em prática pelo governo Dilma não só permitiu a apropriação privada da riqueza social - sob a forma do aumento das margens de lucro - pelas empresas (qualquer que seja o seu porte) como ainda alimentou o lobby da desmontagem dos direitos trabalhistas em todos os setores. Sobre isso, resumo o que penso a respeito do "quase-ministro" e do setor que ele representa e em cujo nome atua na esfera do Estado: micro, pequenos, médios empresários constituem hoje um enclave cujo objetivo principal é liquidar o Estado do Bem-Estar Social no Brasil. Estranho é aceitar que isso ocorra num governo cuja base social seria a dos trabalhadores (continue a leitura)
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