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Beth Lorenzotti: redes sociais enfrentam processo de inserção nos movimentos da sociedade civil |
O sonho acabou?
Há algo comum entre as jornadas de junho de 2013 e as manifestações de 13 e 15 de março de 2015?
Elizabeth Lorenzotti (*)
O professor Faro me pede um artigo a partir das entrevistas
do professor Fabio Malini e do ativista Bruno Torturra sobre as manifestações
de 2013 e estas recentes, de março de 2015. [1]
Eu começo por estes
dados que estão no meu e-book Jornalismo Século XI- O modelo #midianinja”,
capítulo Jornadas de Junho.
“No dia 21 de junho de
2013 a Agência Brasil publicava levantamento da Confederação Nacional
de Municípios (CNM) mostrando que, no dia 20, houve protestos em pelo menos 438
cidades de todos os estados do país. Quase dois milhões de brasileiros fizeram
manifestações pela redução das passagens do transporte público, contra os
gastos com as obras da Copa do Mundo, pelo aumento dos recursos para a saúde e
educação, contra a corrupção e a impunidade etc.
A
maioria dos confrontos aconteceu em cidades grandes e médias, nas pequenas as
manifestações foram pacíficas. Houve atos, inclusive, em municípios de 5 e 10
mil habitantes. Desde Belém, no Pará, até Santana do
Livramento, na fronteira com o Uruguai.
A exemplo do ocorrido no
mundo árabe, no Occupy Wall Street e
nos vários que se seguiram, no 15M (15 de maio de 2011) em Madri, entre outros, as manifestações foram convocadas pelas redes sociais.
Tratou-se de uma propagação viral.”
Lembremo-nos que nas
jornadas de junho de 2013, com suas bandeiras difusas, entre outras ações foram
ocupadas inúmeras Câmaras Municipais de várias cidades, num fato inédito entre nós.
Por exemplo, capitais como Belo Horizonte 9 dias, Porto Alegre 8 dias.[2]
E cidades pequenas também (continue a leitura)
(*) Elizabeth Lorenzotti é jornalista e escritora, ex-professora e graduação e pós-graduação em Jornalismo na PUCSP e Universidade Metodista. Escreveu Suplemento Literário: Que falta ele faz! (2007): Tinhorão, o Legendário (2010), As Dez Mil Coisas (poesia, 2011) e o e-book Jornalismo Século XXI- O modelo #mídianinja (2014).
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