O ministro Aldo Rebelo é contra a punição das empreiteiras envolvidas no escândalo da Lava Jato, embora defenda rigor nas penas contra seus dirigentes, caso sejam culpados das acusações que pesam contra eles. Ou o ministro é muito ingênuo ou sua declaração faz parte desse cansativo movimento de adulação que o governo faz na direção do grande capital em todos os setores.
Onde é que o ministro erra? Penso que erra ao desconhecer a racionalidade dessas empresas, todas elas crescidas à sombra de uma cultura de privatização dos recursos públicos e sempre às custas da transferência da riqueza social para o seu patrimônio. E isso, ministro, independente de quem for seu dirigente. Pela lógica das práticas das empreiteiras, nem mesmo S. Francisco de Assis escaparia da prática da corrupção e da liquidação do patrimônio do Estado.
Aldo Rebelo podia ter ficado quieto ou... podia ter usado um pouco mais de sensibilidade política para acenar à opinião pública com mais rigor.
Sugiro a leitura: * O declínio de uns é a ascensão de outros (The Economist, via Estadão)
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