...estos niños somos todos
Ninguém sabe ao certo o que a garotada olha de forma tão entretida no display de seus smartphones: é possível que estejam lendo a biografia de Rembrandt (o autor da enorme tela que domina a sala do museu de Amsterdã onde o pessoal está sentado); mas também é possível - e mais provável - que todos estejam se admirando mutuamente no compartihamernto do instagram.
Eis aí duas dimensões da cultura que resumem parte desse embaçamento contemporâneo que cerca os padrões de gosto e de comportamento.
A matéria do El País - que me foi indicada pela colega Adriana Rodrigues - agrega outras imagens para descrever o estado meio catatônico que o impacto dessa autoreferência do instantâneo permite: nada de delineamento, luz, enquadramento, fundo ou cor; apenas uma galeria de expressões congeladas, como o flagrante que o fotógrafo conseguiu no Rijksmuseum.
Rembrandt que se cuide...
Vale a pena ler ainda Desfrutar as coisas, mais do que fotografá-las e Selfio, logo existo (do mesmo jornal e pela mesma indicação de Adriana)
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