O quadro precisa ser lido com cuidado, mas em linhas gerais mostra uma assimetria que se é virtuosa nos conhecimentos específicos de profissões de elevada densidade aplicada (relativamente ao conjunto de conhecimentos acumulados entre o início e o fim do curso - como é o caso da Medicina -, é deficiente em outras aparentemente sem a mesma importância prática - como é o caso da Comunicação Social. Se fosse possível simplificar, o resultado do estudo diz mais ou menos que os Médicos sabem o que fazem, embora tenham deficiências em sua formação geral; jornalistas agregam pouco à sua especialidade, embora acumulem melhor conhecimentos de natureza essencialmente acadêmica. No final das contas, sendo verdade o que a pesquisa mostra, a Universidade brasileira forma profissionais embrutecidos na solidariedade social que se espera deles; talvez uma instituição cuja principal anomalia pode ser o desconhecimento da própria realidade em que vive.
Vale a pena ler o texto: Aprendizado técnico na frente, matéria de Marcos Pivetta (Revista Pesquisa Fapesp, 240, fevereiro de 2016).
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