Eliseu Padilha, da Casa Civil, articulador com papel de destaque no "governo" Temer, especialmente na facilidade com que gera crises. Torço para que ele seja bem sucedido o tempo todo
O jornalista Josias de Souza repercute hoje no seu blog do Uol as informações que a revista Veja publica neste fim de semana sobre o motivo que teria levado Michel Temer a demitir o advogado geral da União, Fábio Medina Osório: a intenção do governo, em especial do chefe da casa civil, Eliseu Padilha, em acobertar a operação Lava Jato. Qual o motivo do acobertamento?
A postagem de Josias de Souza precisa ser lida na íntegra para que se tenha uma pálida ideia do caráter de quem governa hoje o Brasil, um staff que vai muito além de Temer. As suspeitas de que o ex-advogado geral da união esteja falando a verdade e de que tenha sido substituído por Grace Fernandes Mendonça, justamente porque ela aparentemente está comprometida com o abafamento da Lava Jato, são suficientes para deixar o processo que afastou Dilma Rousseff da Presidência parecido com confissões de adolescentes. O esquema é da pesada e seu personagem principal é Eliseu Padilha, um articulador sinuoso cuja determinação em ser eminência parda sem que tenha competência para isso, pode contaminar a república inteira e levá-la ao colapso.
Segundo Josias de Souza, "o que o ministro demitido afirma, com outras palavras, é o seguinte: Eu queria cumprir com a minha obrigação. Mas o ministro Padilha, hoje o mais influente auxiliar do presidente da República, quis me forçar a prevaricar, em nome da tranquilidade que o governo precisa assegurar aos políticos suspeitos que o apoiam no Congresso. Tudo isso apenas dez dias depois da efetivação de Michel Temer no cargo de presidente da República" (leia o post do Governo quer abafar Lava Jato, acusa ex-AGU).
Leia ainda o desabafo de Fábio Medina Osório: Governo com superministro acaba mal (Estadão)
Leia ainda o desabafo de Fábio Medina Osório: Governo com superministro acaba mal (Estadão)
Em tempo: Dos grandes jornais em circulação no Brasil, no impresso ou no digital, é preciso ressalvar que apenas um, o El País, vem dando conta do desafio que é o de manter o leitor brasileiro bem informado sobre os vários ângulos da crise em que estamos mergulhados. Não há tema sobre o qual seus repórteres não tenham se debruçado com empenho e vigor jornalístico. É um alívio...
Como exemplo disso, sugiro a leitura da matéria da repórter Marina Rossi sobre os desmandos da PM de São Paulo: Vocês não queriam ser presos pela ditadura? Agora estão sendo (10/09/16)
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