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Doria vai ficando cada vez mais parecido com Carlos Lacerda nos anos 50. Como Lacerda, talvez mereça também o mesmo apelido... |
A reação de Doria à notícia foi imediata e ambígua: demitiu o funcionário, mas incompetente como é, deixou uma brecha que fez com que a suspeita se voltasse contra ele próprio: para o prefeito, Tavares "falou o que não devia" e desrespeitou a lei. Como assim, "falou o que não devia"? A frase tem efeito imediato. Se Tavares falou o que não devia, falou sobre coisas que Doria sabia, o que o torna cúmplice do crime de desrespeito à Lei de Acesso à Informação, na verdade um eufemismo que oculta a prática da censura ao compromisso sagrado da administração pública em colocar abertamente tudo à disposição da imprensa. Doria sabia das manobras feitas por Tavares para ludibriar os jornalistas? Estaria o prefeito na condição apontada na época do Mensalão, pelo ministro Joaquim Barbosa, isto é, teria Doria o "domínio do fato" e isso o tornaria tão culpado quanto Lucas Tavares? É o que uma rigorosa investigação do MP e eventualmente uma CPI da Câmara dos Vereadores precisa apurar.
Leia as matérias do Estadão sobre o assunto: * Em nota, ex-controladora alertou sobre "retrocesso"* Gestão Doria age para dificultar a Lei de Acesso à Informação * Doria demite chefe de gabinete que dificultava transparência na Prefeitura * Dificultar Lei de Acesso à Informação é grave atentado a direito fundamental, diz Abraji * MP investiga se Prefeitura dificultou acesso a informações públicas * Ouça os áudios.
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