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Economias emergentes sempre na corda bamba, mas é o Brasil a mais vulnerável delas em consequência do golpe |
FMI: mundo vive risco de recaída ao cenário da crise de 2009 com escalada da dívida global
A manchete é do El País, edição de 18 de abril. A hipótese levantada pelo FMI é bastante realista em vista dos números em que está fundamentada, o que significa dizer que uma onda de descontrole do capital financeiro, de cracks nos centros mais nervosos da economia global, pode por no chão os frágeis mecanismos de regulação econômica que vem sendo implementados desde 2008/2009 (leia aqui)
E o Brasil com isso? Penso que nosso país está entre as nações mais vulneráveis aos efeitos de uma nova crise, em especial pelas medidas econômicas postas em prática pelos golpistas nos últimos dois anos: retração de investimentos públicos e privados, dependência de capital externo, forte depreciação do poder de compra em decorrência da flexibilização das relações de trabalho e do enfraquecimento das entidade sindicais, agravamento das disparidades de renda e crescimento da massa de cidadãos situados abaixo da linha de pobreza.
Essas são as dramáticas consequências sempre advertidas pelos críticos das políticas neoliberais de austeridade: como são recessivas e têm o objetivo de proteger a especulação financeira e as margens de lucros privados das empresas, deixam o país sem condições de suportar os efeitos da crise, ao contrário do que aconteceu depois de 2008 quando o dinamismo do mercado interno permitiu que suportássemos a recessão com êxito, mas aqueles foram os tempos do neodesenvolvimentismo que o golpe contra Dilma sepultou. O resultado é o se espera: se o FMI estiver certo, o Brasil implode.
Leia também: * Os descaminhos da globalização (Beluzzo, Carta Capital)
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