Sindicato dos Professores de São Paulo - SinproSP
Tinha razão Althusser quando dizia que a escola é um aparelho ideológico do Estado, mas não no sentido apenas formador de mão de obra, senão na totalidade do adestramento da subjetividade do cidadão às normas simbólicas de um dominação de classe. Foi a emergência da Social Democracia que atenuou essa natureza da Escola (e de outras instituições), mas o corolário de Althusser está correto, como se pode ver agora no Brasil com a tentativa de eliminar do processo educacional o esclarecimento como fundamento pedagógico da modernidade. O capitalismo global e seu braço direito mais agressivo - o ultraconservadorismo - parecem querer colocar as coisas no devido lugar: interditar o racionalismo como uma das duas principais metodologias de controle (a outra é a repressão) da sociedade.
O movimento Escola sem Partido me parece ser a expressão civil dessa investida. E agora, com essa atualização que o próprio Bolsonaro nos oferece - a intervenção do governo sobre o próprio governo - no caso do ENEM, consolida um projeto de poder que quer restituir à escola o que ela sempre precisou ser para as classes dominantes. A defesa da inteligência, nesse cenário, é fundamenatal e só isso é que pode nos livrar das trevas da ignorância...
Sugiro: * Os ataques de Bolsonaro aos professores (Jorge Coli, Folha) * Lamento leituras equivocadas. Não é o governo que manda no ENEM (El País) * Nós vamos ter conhecimento das provas antes, diz Bolsonaro (El País).
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