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piauí
Interesses estratégicos nacionais na América Latina serão
afetados pela doutrina bolsonariana aplicada ao Itamaraty:
somos testas de ferro do imperialismo, okay?
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Venezuela, seus dois presidentes e o vizinho
José Roberto de Toledopiauí
Minutos após Juan Guaidó autodeclarar-se presidente da Venezuela, representantes de Estados Unidos, Brasil, Chile, entre outros, reconheceram sua legitimidade – em detrimento do governo do outro presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Declarações de apoio em série não acontecem por acaso. Foram o desenlace de articulação diplomática que tomou corpo após a eleição de Jair Bolsonaro. O presidente brasileiro não esteve à frente do processo, mas, sem a afinação com o Brasil, a orquestra regida pela administração de Donald Trump não teria se apresentado tão rapidamente como se viu nesta quarta-feira. A avaliação é de Matias Spektor, professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo.
O movimento decisivo ocorreu quatro dias após a posse de Bolsonaro. Em 4 de janeiro de 2019, o chamado Grupo de Lima – formado por chanceleres das Américas para acompanhar a crise na Venezuela – aprovou declaração não reconhecendo o governo de Maduro, que havia sido reeleito em maio de 2018. Países signatários (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia) chamaram de volta seus embaixadores em Caracas e passaram a reavaliar o status de suas relações diplomáticas com a Venezuela. O México foi o único país do Grupo de Lima que não assinou a declaração (continue a leitura)
Atualizações:
* Dois aviões russos chegam à Venezuela (El País)
* Visita de Bolsonaro aos EUA: Democratas preparam carta de repúdio ao presidente brasileiro (Folha)
* Dois aviões russos chegam à Venezuela (El País)
* Visita de Bolsonaro aos EUA: Democratas preparam carta de repúdio ao presidente brasileiro (Folha)
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Elliott Adams, um bandido |
* A crise na Venezuela: Mujica tem uma proposta (Outras Palavras) * Boaventura: a nova Guerra Fria e a Venezuela (Outras Palavras) * A invenção de Juan Guaidó (Opera Mundi) * Grupo de 70 intelectuais assina carta contra golpe na Venezuela (Opera Mundi) * Transe bolivariano (piauí) * Brasil e EUA reconhecem Juan Guaidó (Folha) * Rússia alerta EUA contra intervenção militar (Terra) * Reunião da OEA rejeita reconhecer Gauidó como presidente da Venezuela (Opera Mundi) * Maduro aceita negociar com a oposição acordo de paz (OM) * Militares juram lealdade a Maduro (OM) * Breno Altman debate tentativa de golpe na Venezuela (OM).
* Leia ainda no El País: * Oposição venezuelana lança ofensiva contra Maduro * Venezuela: México e Uruguai destoam da região e pedem saída negociada para a crise.
* A serena posição do Uruguai: "Optamos pela paz" (Opera Mundi). Um exemplo de coerência que bem poderia servir de diretriz para a vendida diplomacia brasileira. Enquanto isso, provocação de Guaidó pode agravar a crise em Caracas e dar motivos para uma aventura militar contra Maduro: Volta do opositor Juan Guaidó coloca Venezuela sob expectativa (El País).
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