O verdadeiro Custo Brasil
Numa de suas mais absurdas iniciativas, Bolsonaro vetou a liberação total de recursos para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A decisão, que ainda pode ser derrubada no Legislativo, significa a subtração de R$ 4 bilhões de verbas destinadas a projetos de desenvolvimento em inovação mantidos por instituições públicas e foi classificada pelo deputado do Partido Socialista Brasileiro (RJ), Alessandro Molon, como "um ataque frontal à Ciência e à Tecnologia, justamente num momento em que o país precisa investir mais para se desenvolver" (leia aqui a notícia do Correio Braziliense).
O fato compõe o cenário de indigência em que vivem as políticas públicas e sociais do Brasil desde o golpe que destituiu Dilma Rousseff da presidência da República, em 2016. Da emenda constitucional que fixou a rigidez do teto orçamentário, a reforma da Previdência, a nova CLT, as práticas irracionais e desequilibradas de austeridade fiscal, consolidaram a própria inviabilidade do capitalismo brasileiro. O resultado é o que se vê: com um mercado interno asfixiado pela pobreza, sem investimentos nem nacionais nem estrangeiros, sem poder de concorrência no exterior, o Brasil é hoje um reduto do atraso e das maquinações de uma burguesia neoliberal que se farta com a acumulação conspícua, sem qualquer projeto para o futuro.
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