O Brasil está com ódio do Brasil
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Para professora da UFRJ, Big Brother Brasil, como um dispositivo deseducativo, catalisa o sentimento gerado por uma imagem distorcida e raivosa de nós mesmos |
Ivana Bentes
Não precisa ser versado em psicologia para saber que, quando alguém explode numa ira revelada em ódio, o mais indicado é acolher, acalmar e ressignificar esses sentimentos. O problema é que se o contrário é feito, entra-se num ciclo nocivo que destrói a si e a tudo que está em volta. Quando se fala de um programa de televisão como o Big Brother Brasil - BBB, da TV Globo, esse ciclo, embora destrutivo, é apreendido como forma de gerar mobilização, logo, audiência e faturamento em anúncios. É nessa linha que vai a análise da professora e pesquisadora Ivana Bentes, ao refletir sobre o sucesso de audiência e de mobilização do programa. “O Brasil está com ódio do Brasil”, resume, na entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line (continue a leitura).
Respire fundo por aqui: * No atrito entre espetáculo e realidade, BBB distorce ao mesmo tempo que revela (Folhetim) * Big Brother Brasil e pós-modernidade (A Terra é redonda) * A sutil arte de ligar o BBB (Piauí) * BBB e sua carreira. É possível fazer essa comparação? (Estadão) * Viagem ao país primitivo que pariu Bolsonaro (Outras Palavras) * Precisamos batizar o apartheid social brasileiro (Intercept) * Grupo de Damares vai revisar a política de Direitos Nacional de Humanos do Brasil (Pública).
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