QUEM VAI PARAR BOLSONARO?
João Filho
The Intercept
Depois de trocar dois ministros médicos, Bolsonaro colocou aquele que mais durou no cargo durante a pandemia: um milico profundamente ignorante em saúde pública. Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich saíram por não concordarem com a política negacionista de Bolsonaro no enfrentamento da covid-19. Já Eduardo Pazuello comandou uma intervenção militar no Ministério da Saúde e sacramentou o negacionismo como política pública. O general assumiu a pasta com 15 mil mortes por covid-19 e entregou o cargo nesta semana com 285 mil. A política negacionista dos militares alçou o Brasil à condição de o pior país no enfrentamento da pandemia.
Diante da escalada de mortes, do esgotamento do sistema de saúde e da pressão de governadores e até do Centrão, Bolsonaro resolveu trocar o ministro da Saúde mais uma vez. A mudança não foi feita para mudar nada, pelo contrário, só serviu para jogo de cena. A política negacionista do Planalto seguirá firme, assassinando milhares de brasileiros (continue a leitura).
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Este governo tem que cair. Preservá-lo é ser cúmplice
Vladimir Safatle
El País (para assinantes)
Há um ano, movimentos exigiam impeachment de Bolsonaro, mas foram desqualificados pois era momento do Brasil se unificar diante dos desafios da gestão da pandemia. O tempo passou e ficou claro que a verdadeira crise brasileira é o próprio presidente, que trabalha para aprofundá-la (leia mais).
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