Por trás da pirotecnia financeira das universidades privadas, anemia e mediocridade acadêmica |
Pois o artigo publicado por Carlos Henrique de Brito Cruz nesta semana na Folha (leia aqui), joga um pouco mais de luz sobre o problema. Segundo o ex-reitor da Unicamp e ex-presidente da Fapesp, a julgar pelos números registrados nos últimos anos, tudo indica que o sistema universitário nacional aproxima-se da estagnação tal é a redução do número de diplomados que apresenta: em 2010 formaram-se 24 mil estudantes a menos que em 2004; e embora o declínio seja menos acentuado nas instituições privadas, também elas registram uma redução nos seus índices de expansão: 4,5% ao ano desde 2005 contra 13% ao ano entre 1995 e 2005.
Para Brito Cruz, os efeitos dessa redução têm consequências que se espalham por todos os lados - já que representam não só o esgotamento da demanda de novos alunos (cujos motivos para desistirem do diploma universitário vão desde o desinteresse pelos cursos oferecidos até as dificudades econômicas, penso eu) mas também a insuficiência do ensino médio, a redução dos estudantes de pós-graduação e a escassez de quadros que sustentem os desafios do desenvolvimento nacional - no âmbito da economia e da técnica.
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