O facebook acaba de dar uma demonstração de um dos paradoxos que percorre todo o desenvolvimento das tecnologias digitais: a contradição entre as possibilidades de alargamento informacional disponíveis na rede (para ficar no caso brasileiro, mais de 130 milhões de usuários das páginas de partilhamento social no momento de maior repercussão dos protestos na semana passada) e a estreita bitola cultural - ou acanhamento intelectual - que convive com esse novo cenário tecnológico. A constatação vem da notícia publicada no jornal El País segundo a qual o face censurou imagens do movimento Femen - seção espanhola - manipulando a nitidez dos seios das militantes que aparecem nas fotos (acima).
Pode parecer uma questão secundária, mas não é. Essa atitude dos administradores do facebook revela pelo menos duas motivações que merecem reflexão. Em primeiro lugar, o arbítrio posto em prática por alguém que delibera sobre o que pode ou não ser exposto a partir de um conceito pré-estabelecido ideologicamente. Esse é um componente autoritário que é usado como justificativa mesmo para posturas que advogam o liberalismo como pauta de conduta (continue a leitura)
______________________________
______________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário