O Brasil continua imbatível na condição de bobo da economia global: no mês de agosto aquilo que os economistas chamam de fluxo cambial negativo não foi mais do que um eufemismo para esconder uma sangria de US$ 3 bilhões de dólares - uma fatia importante do PIB brasileiro que, a pretexto de remessa de lucros, acabou nos bolsos das matrizes das empresas estrangeiras instaladas aqui (leia a notícia do Diário do Comércio)
Neste ano, esta não é a primeira vez que isso acontece. Nos meses de fevereiro, maio e julho a rapinagem totalizou US$ 4,5 bilhões. O ano de 2014 vai passar para a história, portanto, como o período em que a riqueza gerada pela economia nacional - fruto do esforço de toda a sociedade - mais contribuiu para amenizar a crise dos países desenvolvidos do que melhorou nossas condições econômicas internas, uma demonstração de perda da soberania nacional que nos deixa vexados no mundo inteiro. Acrescente-se a isso a saída ilegal de divisas promovida por empresas nacionais e estrangeiras (leia a matéria do Estadão sobre o assunto).
Por essas e outras não é difícil entender como definha a credibilidade do governo federal na condução de uma política econômica que hoje se reduz, internamente, à submissão aos interesses privados de empresas e bancos e, externamente, à aceitação da posição subalterna de enclave colonial.
(*) A descapitalização provocada pela indústria automobilística é ainda maior se for levada em conta a política de desoneração (redução do IPI) e seus efeitos negativos no déficit público.
(*) A descapitalização provocada pela indústria automobilística é ainda maior se for levada em conta a política de desoneração (redução do IPI) e seus efeitos negativos no déficit público.
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