A rescisão do contrato de construção de parte da Linha 4 do Metrô de São Paulo dá bem a medida do prejuízo que a sociedade brasileira sofre nas mãos das empreiteiras, como mostra a matéria produzida pela TV Gazeta em reportagem que conta a história do abandono das obras desde o ano passado (veja o vídeo).
Na verdade, o episódio não deve ser visto como isolado nem exclusivamente relacionado às obras do Metrô, mas como resultado de uma prática empresarial sistemática que explica desde o escândalo da Lava Jato até o estado de abandono em que se encontra a cidade de São Paulo nas mãos das construtoras que são sistematicamente beneficiadas pelo poder do Estado, inclusive o poder municipal.
O resultado é o que se vê no caso da Linha 4: um governador transido e atropelado pelas manobras do interesse privado. Aliás, penso que isso serve como doutrina: no âmbito das práticas do capital não há lugar para projetos de dimensões sociais.
Sugiro outras leituras sobre o assunto: * Metrô de SP rompeu contrato após iniciativa de construtora * Atraso na linha 4 do metrô trará duplo dano financeiro ao governo de São Paulo * Alckmim quer proibir consórcio de participar de licitações * Ruínas de sistema em destruição permanente.
______________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário