O cara de pau do Michael Horn, o boss da Volkswagen nos Estados Unidos, reconheceu que a empresa fez tudo errado: "fomos desonestos com todos vocês", disse ele no lançamento de um novo modelo do Passat em Nova Iorque. A empresa já se dispôs a bancar indenizações milionárias em consequência dos danos ambientais provocados pelo dispositivo instalado em veículos e que burla o controle da emissão de poluentes. A Volks dificilmente vai conseguir se recuperar do volume de prejuízos que o fato está provocando com a queda de suas ações e com o passivo que certamente vai acumular em processos judiciais.
O que ela não pode indenizar, no entanto, é essa desmoralização que fica associada ao ícone que povoou o imaginário de gerações que sequer o conheceram, afora o fato de que os efeitos da poluição que os 11 milhões se desdobram em danos geracionais que ninguém sabe onde começam nem onde terminam. O Brasil obviamente deve ter sido atingido pelo desmando reiterado da empresa por aqui. Se não foi, basta-nos a denúncia registrada nos trabalhos da Comissão da Verdade sobre o apoio que a montadora alemã deu à ditadura militar.
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