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A imagem mais fiel do que foi a manifestação na Paulista mostra um grupo não muito maior do que qualquer passeio de domingo consegue reunir. |
Os gráficos do Estadão (aqui) mostram o progressivo esvaziamento do movimento pró-impeachment: em relação a datas anteriores de 2015, a diminuição do número de manifestantes no país inteiro ontem foi vertiginosa. Há uma série de fatores que podem explicar o fenômeno, mas todos parecem convergir para duas possibilidades bastante plausíveis: a associação entre as iniciativas tomadas na Câmara para o afastamento da presidente e o perfil das personalidades que as lideram (personagens inexpressivos e corruptos, como é o caso do notório facínora Eduardo Cunha); e o esgotamento do discurso dos que são favoráveis ao impeachment, um vezo autoritário e rançoso, empresarial e oportunista.
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Personagens deprimentes e saudosas da ditadura não foram mais do 4 ou 5 no ambiente de desolação que predominou nas manifestações |
O resultado dessa desarticulação que resulta da aliança entre bandidos e golpistas é o crescimento de manifestações preconceituosas e autoritárias de todo o tipo.
Na minha opinião, não há espaço político para que propostas com essas marcas sobrevivam na esfera pública, exceto pela intolerância e agressividade. Se o desespero e a histeria tomarem conta dos sentimentos sempre rancorosos da classe média, como parecem demonstrar os discursos de Serra, Aloysio e Skaf... sei não.
Veja também enredo da fúria fascista: em BH, mulher e criança são atacadas por manifestantes pró-impeachment (blog do Alceu Castilho)
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* Vamos para as ruas em defesa de Dilma e da Democracia na 4a feira, dia 16.
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