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Números do Banco Central comprovam o butim que as empresas multinacionais promovem sistematicamente contra a economia brasileira (clique no gráfico para ampliar) |
O presidente mundial da General Motors, Dan Ammann, esteve no Brasil na semana passada e não teve o menor pudor em mostrar o estilo mafioso que impõe às relações que a empresa mantém com governos estrangeiros: na hipótese de que nossa situação política e econômica não melhore no prazo de 6 a 12 meses, a GM está disposta a suspender os investimentos de R$ 6,5 bilhões que pretende fazer aqui até 2019 (leia a matéria do Estadão). Trata-se de uma chantagem aberta: fosse o Brasil um país que levasse a sério sua soberania e Amman teria voltado para onde veio no mesmo avião que o trouxe.
A GM é uma das piores empresas do mundo: campeã de recalls, chegou à beira da falência em inúmeras oportunidades nas últimas duas décadas. Só não fechou as portas em parte pelo forte apoio que recebeu de Washington, mas principalmente pelos recursos que recebeu de sua filial brasileira sob a rubrica das remessas anuais de lucros. Nesse sentido, esteve de mãos dadas com a sangria que é promovida sistematicamente pelo segmento internacionalizado das empresas que atuam no Brasil. Para que se tenha uma ideia, basta observar no gráfico acima (já analisado neste blog em 10 de julho de 2015) a diferença brutal entre os investimentos feitos pelas montadoras que atuam aqui e as remessas de lucros que essas mesmas empresas fizeram no anos indicados. A rigor, os tais investimentos que O CEO da GM ameaça cortar podem muito bem ser vistos como débitos que a empresa tem com nossa sociedade.
Sugiro a leitura das seguintes matérias * Brasil sangra nas mãos de interesses privados nacionais e internacionais (do blog) * Com menos IPI (no Brasil), montadoras quintuplicam investimentos no exterior (Uol) * Montadoras voltam a ser campeãs de envio de lucros ao exterior (Uol) * O tabu da remessa de lucros ao exterior, livre e não-tributada (Democracia e Política) * Remessas de lucros ao exterior geram rombo recorde nas transações com o exterior (Uol).
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