Aos 84 anos, sem dar trégua para a brutalização que as práticas culturais sofrem na sociedade contemporânea, Eco deixa uma obra de referência para o universo da ficção e para o ensaio em diversos campos da Sociologia, inclusive a obra que salvou a intelectualidade brasileira dos impasses conceituais sobre a indústria cultural, Apocalípticos e Integrados (leia aqui o obituário do jornal El País).
Seu último livro - o romance Número Zero, publicado em 2015 - navega sobre uma pergunta constrangedora para os brasileiros: "para que serve um jornal", uma síntese da atenção que Umberto Eco voltava para os problemas decorrentes da midiatização e do colapso que os interesses privados provocam no terreno do compromisso com a esfera pública. Por isso, acho que a melhor forma de homenagear o escritor italiano é ler a entrevista na qual ele reúne suas reflexões sobre o mundo de fronteiras simbólicas em que vivemos: A internet pode tomar o lugar do mau jornalismo.
Leia também: * O erudito sem piedade (Luis Antonio Giron, Valor Econômico) * Umberto Eco: 14 lições para identificar o neofascismo e o fascismo eterno (Samuel) * Itália fica de luto por morte de Umberto Eco (Estadão).
________________________________________Leia também: * O erudito sem piedade (Luis Antonio Giron, Valor Econômico) * Umberto Eco: 14 lições para identificar o neofascismo e o fascismo eterno (Samuel) * Itália fica de luto por morte de Umberto Eco (Estadão).
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