Não é apenas com o acinte de um deboche atrás do outro que Michel Temer nos brinda sistematicamente;
é também o seu caráter, sua disposição em servir aos donos do capital e ao grupo que o apoia...
que deixam o país inteiro indignado e à beira de uma revolta.
Na Folha de hoje (leia abaixo), Jânio de Freitas faz uma espécie de inventário dos desmandos cometidos por Temer praticamente desde que usurpou, pela via do golpe do impeachment, a Presidência da República. Sob qualquer ângulo de observação, independente da postura ideológica do observador, a conclusão é a de que estamos diante de uma verdadeira facção que opera uma articulação anti-social e anti-democrática em favor dos interesses dos grupos mais atrasados do empresariado brasileiro e de uma máfia de deputados e senadores que querem agora acobertar os escândalos de corrupção em que se envolveram.
A pergunta que me parecer emergir do painel de Jânio de Freitas é uma só: qual é a legitimidade que essas forças do obscurantismo têm para aprovar reformas da magnitude das que estão em vias de tramitar no Congresso e sancionadas depois por Temer, todas elas inspiradas no princípio da supressão de direitos? Penso que agora, mais do que em qualquer outro momento desde o início da conspiração que afastou Dilma Rousseff da presidência, as palavras de ordem que devem unificar a campanha pela inversão dessa conjuntura estão centradas na exigência de afastamento imediato de Temer e de seu ministério, inclusive na área econômica, pela revogação de todos os atos da Presidência da República posteriores a abril de 2016 e pela convocação imediata de eleições gerais e diretas.
Leia mais: * Nova crise se aproxima do Planalto e põe Temer na berlinda mais uma vez (El País) * Ministério da discórdia (Estadão) * Ladeira abaixo: Temer diz que pediu doação à Odebrecht, mas não autorizou irregularidades (Uol) * Bancada Ruralista emplaca ministro da Justiça (De Olho nos Ruralistas) * Serraglio defendeu anistia a Cunha e menor poder à Funai (Uol) * Filosofia da suruba serve aos poderosos (Valor) * Façanhas de Temer predominam no noticiário (Jânio de Freitas, Folha) * Só 10% dos eleitores acham que Temer vale alguma coisa (Estadão) * Brasil terá até 3,6 milhões de "novos pobres" em 2017, afirma Banco Mundial (DW) * Brasil vive entre a euforia do mercado e o desemprego (El País) * O desmonte do Estado do Bem-Estar Social no Brasil (clipping do blog).
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