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Uma distopia que vai ganhando o perfil da realidade: a obra prima da elite brasileira |
O raio de abrangência desse processo está longe de se circunscrever ao episódio da mostra do banco Santander em Porto Alegre ou ao rastro de medo que a intimidação da arte livre, que o conceito especulativo e que a desobediência ao cânone, qualquer que seja ele, sofreram nos últimos dias. Penso que há uma consequência pior: a naturalização dessas variáveis no espaço do cotidiano de forma a que sejam aceitas como vicissitudes normais e inapeláveis. Em outras palavras: a fascistização da vida em todas as suas dimensões - como ocorreu na Itália, na Alemanha e no Japão nos anos 30 do século passado. Inútil ficar imaginando que isso é passageiro ou que há, em alguma instituição governamental, alguém zeloso da cultura humanista que imaginávamos consolidada no país. O que há é um grupo de bandoleiros e fascínoras que acabaram por se especializar em reforçar o avesso desse horizonte.
Levando em conta o quadro de dissolução do movimento sindical (leia o post No Brasil, luta de classe é ficção) e a perda de qualquer referência da representação partidária (leia em O Brasil patrimonialista, o esgotamento e a desorientação das forças políticas, IHU), penso que está na cultura e na ação militante dos professores a possibilidade de resgate de um curso histórico progressista e emancipador, de claro perfil socialista). Uma resistência civil dessa ordem deve instituir o simbólico contra-hegemônico como forma de luta que interdite a legitimação da ditadura que está instalada no país.
Leia ainda: * Varoufakis: "austeridade", o ovo da serpente (Outras Palavras) * Mesmo com imagens eróticas mais cruas na internet, Facebook veta seios (Ilustríssima) * Na Web, 12 milhões difundem fake news políticas (Estadão) * Por que um periódico científico aceita um artigo moralmente impalatável (Folha).
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