Não há alternativa conservadora para a expressão popular de Lula
Os resultados da pesquisa que o Datafolha divulga neste fim de semana são dramáticos: as eleições presidenciais deste ano podem aprofundar a crise de representação em que o país vive e, na hipótese de que uma candidatura de forte expressão popular como é a de Lula seja proibida de se apresentar aos eleitores, o Brasil pode entrar em convulsão social.
O fato concreto é que não há alternativa à direita que tenha proposta para recompor qualquer nível da estabilidade institucional que Temer e os golpistas destroçaram desde abril de 2016, um setor sequer - nem na área econômica nem na área social - que ofereça legitimação para o conservadorismo, venha ele do programa fascistóide de Bolsonaro ou dos restos que o PSDB colhe do que restou da perda de sua identidade e de sua credibilidade, se é que algum dia as teve de fato.
É por isso que considero acertada até agora a estratégia do PT em insistir na candidatura de Lula. O ex-presidente torna-se a referência político-eleitoral de maior expressão diante da nitidez simbólica que seu nome tem na sociedade brasileira, embora a mídia golpista já ensaie as primeiras narrativas que tentam deslegitimar essa força. Levar essa linha de ação ao limite, isto é, colocá-la como alternativa popular de forma orgânica até o ponto de sua soltura, traz à campanha a polarização que ela tem na realidade, ainda que eventualmente, ao final do processo, o nome que represente essa tendência seja outro que não o próprio Lula.
Veja ainda: * a História de Lula (campanha PT 2018) * Lula tem 30%, Bolsonaro 17%, Marina, 10%, aponta pesquisa Datafolha (G1) * Guilherme Boulos entendeu (Rui Daher, GGN) * Resenhas do blog sobre a destruição econômica e social promovida pelo golpe que derrubou Dilma: A Era Temer; Tudo para o Capital.
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