leia aqui matéria do Globo sobre o assunto).
Na época, o então candidato a prefeito de SP contestou o repórter, mas foi desmentido no ato através de documentos que comprovavam a irregularidade. A rua foi devolvida à prefeitura de Campos do Jordão, mas Doria não se deu por achado, obsessivo como é pela riqueza e pela ostentação de seus bens.
O resultado dessa insistência doentia está sendo noticiado hoje (22/07) pela Folha de S. Paulo: Doria "comprou" da municipalidade a via que margeia sua mansão através de um artifício criado pelo prefeito, seu amigo pessoal, que resolveu "desestatizar" áreas públicas de Campos do Jordão, entre elas a travessa que o agora candidato a governador quis para si. Na licitação, Doria foi o único a se interessar pelo negócio. Valor da compra: R$ 173 mil. Em outra época do colonialismo, a transação seria chamada de "um negócio da China"; hoje, depois do golpe, é "um negócio do Brasil".
O caso, naturalmente, pode cair no esquecimento porque é a síntese de um certo conceito de gestão que Doria transformou em ideologia: o privado como moderno; o público como sintoma de atraso. É essa peculiar filosofia que vem transformando o Brasil num imenso território devoluto em disputa pelas elites - das quais o ex-prefeito de São Paulo é um dos principais representantes.
Esses delineamentos geométricos das propriedades de Doria assemelham-se a uma espécie de sanitarização social que reproduz como símbolo o Brasil sonhado pelas nossas classes dominantes: um país de fora e um país de dentro. É a mesma filosofia que o ex-prefeito colocou em prática quando "administrou" São Paulo. É isso o que nos aguarda depois das eleições deste ano?
Recordar é viver: * Terreno ocupado, passeios de cães e esculturas "incorporadas": as aventuras de Doria em Campos do Jordão (uma matéria de 2016 do DCM mostra que o ex-prefeito de São Paulo continua o mesmo e nada indica que vai mudar).
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Na época, o então candidato a prefeito de SP contestou o repórter, mas foi desmentido no ato através de documentos que comprovavam a irregularidade. A rua foi devolvida à prefeitura de Campos do Jordão, mas Doria não se deu por achado, obsessivo como é pela riqueza e pela ostentação de seus bens.
O resultado dessa insistência doentia está sendo noticiado hoje (22/07) pela Folha de S. Paulo: Doria "comprou" da municipalidade a via que margeia sua mansão através de um artifício criado pelo prefeito, seu amigo pessoal, que resolveu "desestatizar" áreas públicas de Campos do Jordão, entre elas a travessa que o agora candidato a governador quis para si. Na licitação, Doria foi o único a se interessar pelo negócio. Valor da compra: R$ 173 mil. Em outra época do colonialismo, a transação seria chamada de "um negócio da China"; hoje, depois do golpe, é "um negócio do Brasil".
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Na linha pontilhada, a extensão da via pública "comprada" por Doria: um cordão sanitário social |
O caso, naturalmente, pode cair no esquecimento porque é a síntese de um certo conceito de gestão que Doria transformou em ideologia: o privado como moderno; o público como sintoma de atraso. É essa peculiar filosofia que vem transformando o Brasil num imenso território devoluto em disputa pelas elites - das quais o ex-prefeito de São Paulo é um dos principais representantes.
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Em São Paulo, o mesmo desenho |
Recordar é viver: * Terreno ocupado, passeios de cães e esculturas "incorporadas": as aventuras de Doria em Campos do Jordão (uma matéria de 2016 do DCM mostra que o ex-prefeito de São Paulo continua o mesmo e nada indica que vai mudar).
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