O resultado é o que a imprensa - olimpicamente indiferente ao assunto, nem um único editorial ponderando sobre os efeitos dessa etapa da liquidação da dignidade nacional - está noticiando: a Boeing passa a deter 80% das ações da empresa resultante da joint venture e se torna "líder de mercado para jatos menores de passageiros", o que lhe dá condições de competir com a Bombardier e com a Airbus. Para alguém minimamente desconfiado das negociatas (Pré-sal e Eletrobras) que têm sido feitas em nome do Brasil pela escória golpista, está claro: No caso da Embraer, nosso país transferiu para uma empresa dos EUA aquilo que sozinha ela (a Boeing) não tinha condições de fazer e abriu mão da sua própria competência brasileira para participar do mercado mundial de aeronaves. No meio desse pacote, também a excelência da pesquisa em tecnologia nacional que foi desenvolvida em São José dos Campo será transferida.
Sob qualquer ângulo que seja observado, o negócio Boeing/Embraer é criminoso, ainda que alguns paspalhos tenham vindo a público salvar as aparências: os 20% do capital que permanecem em mãos da empresa brasileira são suficientes para garantir a autonomia nacional no novo empreendimento: "consideramos muito a soberania", disse um tal de Brigadeiro Nivaldo Rossato na audiência pública realizada na Câmara dos Deputados para discutir o assunto. Nem foi preciso "considerar muito"... o negócio já estava sendo concluído mesmo antes de qualquer deliberação dos parlamentares.
Somos os bobos do planeta e as chacotas que inspiramos em todos os centros do poder mundial provam isso: o Brasil está em liquidação.
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