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Alice não enxerga o que vê, tal qual a burguesia brasileira diante do país que domina: fazer o quê com ele a não ser destruí-lo? |
O editorial que a Folha publica na edição de hoje (7 de março) é bem uma amostra desse estado de perda de referências em que nossas elites vivem e que tem no jornal dos Frias um porta-voz permanente (acesso livre aqui). Mas não é só: com exceção da tentativa de radicalizar o discurso ideológico de inspiração fascista e neo-pentecostal, não há um único setor da vida nacional ao alcance do Estado que responda à sua atividade com alguma dose de racionalidade; ao contrário, bolsonarianos (parentes e aliados) caíram sobre o patrimônio público com uma disposição de fazer inveja à pirataria. É o clima que cerca as violentas iniciativas de mudar a Constituição com o objetivo de abrir espaço para a selvageria contra os direitos sociais e contra a soberania nacional.
Posso estar enganado, mas imprevisível como a História é, não duvido de uma grande e dramática ruptura social ou de um golpe de Estado branco o suficiente para que não pareça uma violência à Democracia. É a estaca zero para a queda livre que estamos assistindo.
Leituras sugeridas: * Mercado enfrenta choque de realidade (Valor) * Carnaval, uma catarse política (El País) ➤ Na Folha/Uol: * Novo vexame é marca de governo que tem pouco para mostrar e muito a esconder * Bolsonaro é ridicularizado, diz jornal britânico * Ministro me chamou para ser laranja e desviar dinheiro * Para Reale Jr, postagem de Bolsonaro justifica impeachment.
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