A virtude da tolerância e os riscos da omissão
Pedro Cafardo
Valor Econômico (11/09/19)
Quem já conseguiu atravessar as 1.200
páginas da edição condensada da monumental obra de Winston Churchill denominada
"Memórias da Segunda Guerra Mundial" pôde notar a decepção do autor
com o fracasso das democracias europeias por ter permitido aquela absurda
matança do século XX. Cerca de 60 milhões de pessoas morreram durante a guerra,
sendo 8% da população da Alemanha e 14% dos habitantes da então União
Soviética.
Churchill, que foi primeiro-ministro do
Reino Unido durante a guerra, confessa que teria sido extremamente fácil evitar
aquela tragédia. Observa que a maldade dos perversos foi reforçada pela
fraqueza dos virtuosos; que as recomendações de prudência e continência se transformaram
nos principais agentes de um perigo mortal; que o meio-termo adotado em função
de desejos de segurança e de uma vida tranquila conduziu ao desastre. Quando Churchill expõe essas ideias,
está falando claramente de omissão. Está dizendo que se pode pagar muito caro
por omissões e que elas muitas vezes são mortais (continue a leitura)
Sugestões
de leitura: * A minoria que nos governa (Wilson
Gomes, Cult) * Há um ataque ao Brasil democrático e plural construído desde
a Constituição de 1988 (El País) * Pode chegar a hora
em que Bolsonaro não aceite mais largar o poder (Uol)
* Espaço democrático do Brasil está encolhendo (Jamil
Chade, Uol) * Bolsonaro é um dos populistas mais próximos do fascismo que já vi (El País) * Ao contrário do populismo europeu, bolsonarismo é antipopular (Carta Capital).
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