O Brasil ocupado
Forças Armadas tornaram-se fiadoras de um governo ilegítimo e estão dispostas a violar o que for preciso para assegurar o bolsonarismo como moldagem ideológica do país
Estudos sobre o papel que as Forças Armadas desempenharam no mundo inteiro depois da II Guerra mostram pelo menos três características que elas tiveram no cenário interno dos países capitalistas: ou formaram um estamento obediente às normas constitucionais que foram construídas sob a diretriz das democracias representativas ou foram instrumentos da modernização autoritária que se seguiu ao fim do conflito mundial em 1945 ou foram tropas de ocupação totalitária a serviço dos interesses imperialistas e das elites conservadoras. No Brasil, tudo indica que foi este último o modelo que prevaleceu.
A classificação é grosseira para o entendimento de um fenômeno complexo, mas em linhas gerais ela pode servir para que se entenda o enquadramento do que aconteceu no Brasil durante os sobressaltos que a presença das FAs provocaram no cenário político nacional, principalmente depois da redemocratização que pôs fim ao Estado Novo. O resultado desse processo, a julgar pela discussão que ganha corpo com o descalabro em que se transformou o governo Bolsonaro, começa a ser debatido, como mostram as matérias abaixo.
* Militares deixaram de ser vistos como lado racional do governo (IHU) * Dando nome aos bois (Carta Maior) * Constituição é obrigatória para todos (Carta Maior) * A responsabilidade da instituição militar (Tarso Genro, A Terra é redonda) * A confissão do general (José Luis Fiori, Outras Palavras) * O livro do general Villas Bôas expõe democracia frágil (Rubens Valente, Uol) * Celso Amorim: alerta de Villas Bôas contra habeas-corpus de lula foi golpe (Carta Capital)* O Estado dentro do Estado (Kotscho, Uol).
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