O Banquete
Sem projeto para o país, parasita das isenções fiscais e da ajuda do Estado, hiper-exploradora dos trabalhadores e especialista na subordinação aos interesses externos, a elite brasileira está disposta a fazer o que for preciso para manter seus privilégios, os mesmos privilégios que condenam o Brasil a ser um dos países mais desiguais do mundo. O resultado dessa 'cultura' do atraso é o que se vê: uma economia em frangalhos mas que ostenta nas mãos de 1% da população um nível de acumulação conspícua de envergonhar o mundo todo.
Agora que Bolsonaro - o príncipe dos empresários - mostrou sua abissal estupidez e a largura do genocídio que vem praticando contra a população brasileira (no momento desta postagem já são 320 mil os mortos da pandemia brasileira), as elites parecem se dar conta de que é preciso descer do barco. Pessoalmente, gostaria de dizer "tarde demais", mas parece que não será assim: os esquemas neoliberais já se articulam para que o vergonhoso charme da nossa burguesia se disfarce em democracia rapidamente... antes que as ruas sejam tomadas pela revolta.
* O discreto charme da decadência da elite brasileira (Marcio Pochmann, Carta Maior) * Elites revoltadas (William Waack, Estadão) * Maria Cristina Fernandes, Valor: Com ativismo virtual, empresários pressionam Bolsonaro * Os movimentos dos empresários em direção a 2022 * Amoêdo: não sou candidatoo mas vejo Moro com bons olhos (Uol) * A arte e a ciência de requentar o ultraliberalismo (Paulo Kliass, Outras Palavras).
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