Bolsonaristas impõem critérios obscurantistas à arte e vetam evento musical
O apagar das luzes do governo Bolsonaro começa a exibir as marcas do apodrecimento intelectual em que o Brasil está mergulhado nas mãos da burocracia civil e militar que o apoia. A obsessão autoritária contra a liberdade de expressão e contra a riqueza simbólica das manifestações artísticas - entre elas o compromisso com a luta contra o fascismo - manifesta-se não só de forma sutil nos espaços e tempos do cotidiano, mas também sob a forma de espasmos arbitrários que sinalizam para a sociedade o vezo contra a inteligência.
É o caso do parecer que a Funarte emitiu para negar apoio - via Leia Rouanet - ao Festival de Jazz do Capão. Vale a pena acompanhar nas matérias abaixo a indigência da argumentação que fundamentou a decisão: uma verdadeira antologia de bobagens, algumas de clara inspiração evangélica, legalizadas pela assinatura de predadores que ocupam cargos públicos - como se a riqueza da cultura vivesse subtraída das mãos da sociedade.
Não deixe de ler: * Paulo Coelho se dispõe a custear evento (G1) * Sem verbas para antifascistas (Piauí) * Mario Frias é 'fascista' e 'otário' (Carta Capital) * Governo diz que festival de jazz antifascista não poderá captar recursos via Lei Rouanet (Estadão)* Festival de Jazz do Capão tem recurso negado por causa de post antifascista (A Tarde) * Funarte cita Deus para reprovar apoio da Lei Rouanet a festival de jazz na Bahia (G1) * Governo Bolsonaro cita Deus para barrar apoio a festival (Folha).
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