História

Cultura

Leituras para  o fim de semana

# O golpista e o golpe. Breno Pires (Piauí). 

O passo a passo da maior ameaça que a democracia brasileira viveu nos últimos 40 anos

# A trama golpista dos mercados e o cotovelo inchado da turma que aposta no fracasso de Lula. Luiz Fernando Novoa Garzon (adapt IHU)

Não há distinção, nem na lógica, nem na fundamentação, entre Operação Punhal Verde e Amarelo e esta Operação dos mercados que planeja apunhalar direitos sociais consolidados no país.

# Trump e o fascismo. Thimothy Snider (Piauí)

Um progressista precisa contar uma centena de histórias, ou mil histórias. Um comunista conta uma única história, que pode acabar não sendo verdadeira. Um fascista, por sua vez, precisa apenas ser um contador de histórias. Como as palavras não se prendem aos significados, as histórias não precisam ser coerentes

# Sem anistia. 3a. feira, dia 10, 17h, na Paulista: cadeia para os golpistas. # Leia mais no clipping do site

A ilusão nunca escapa da realidade: essa gangue da extrema direita é ruim mesmo

Pensatas da 4a feira

Sindicato dos Professores de São Paulo

Convidamos professoras e professores a participar do Ato “Sem Anistia - Prisão para os Golpistas”, que acontecerá na próxima terça-feira, 10 de dezembro (dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos), às 17h, no MASP, na avenida Paulista. Vamos dizer, juntas e juntos, em alto e bom som: “Democracia sempre. Ditadura nunca mais”

Divulgado na íntegra na semana passada, o relatório da Polícia Federal, reunindo provas fartas e robustas, revela os detalhes sórdidos e estarrecedores a respeito da tentativa de golpe de Estado organizada por altas figuras das Forças Armadas do país, em parceria com importantes lideranças civis, e com o conhecimento e o consentimento do então presidente da República. 

Segundo a investigação da PF, “Jair Bolsonaro tinha plena consciência, participação ativa e domínio dos atos sobre o golpe”, que previa o extermínio do presidente e do vice eleitos em outubro de 2022 e também do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, com anulação do resultado das eleições e a formação de uma “junta extraordinária de governo”, que certamente mergulharia o país num novo período de perseguições, arbítrio e terror. Como bem sintetizou o atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, “estivemos muito próximos do inimaginável”. 


Fiel a seu histórico e inabalável compromisso com a defesa permanente da Democracia, a diretoria do SinproSP se une a todos os atores, movimentos e vozes que exigem o julgamento e a punição de todos os golpistas, sem exceção, recusando também enfaticamente qualquer conciliação ou anistia para quem conspirou para dar um golpe. 

Tarcísio e Derrite perdem o controle da PM em SP

# Cenas de pura e  brutal irracionalidade, explicações vagas e sem fundamento, aumentam a insegurança da população. Acompanhe nas matérias abaixo...

Escolas militarizadas: pedagogia da repressão e extermínio da juventude

A militarização da educação reforça uma lógica de controle e transforma corpos negros em alvos de um projeto de meritocracia da morte

# Amarilis Costa, Carta Capital

Para o dicionário de Oxford, a palavra do ano é brain rot 

Existe uma palavra para esse sentimento que você tem após ficar horas rolando os feeds das redes sociais – e a Universidade de Oxford escolheu esse termo como a palavra do ano de 2024. “Brain rot” (“cérebro apodrecido” ou “atrofia cerebral”, em tradução literal) levou o título numa votação da qual mais de 37 mil pessoas participaram.

# Rosa Rahimi, CNN

A nova geopolítica do universo digital

Os planos de Trump para consolidar o colonialismo tecnológico e de dados. As respostas de Pequim e Moscou: chips avançados, vasta rede de data centers e plataformas próprias. A hesitação na UE. E uma grande brecha aberta para os Brics

# James Görgen, Outras Palavras

O mito do desenvolvimento econômico

Se há um traço distintivo na obra de Celso Furtado é a ideia de que não havia restrições objetivas para que o Brasil se tornasse um país forte, soberano, senhor de seu destino, com economia e cultura próprias e com um lugar ao sol no comando dos rumos mundiais. Mas, nele, isso nunca foi reflexo de um imaginário nacional grandioso, mas vazio, que se escorava preguiçosamente na fantasia do “país do futuro”.

# Introdução à nova edição do livro de Celso Furtado, por Leda Paulani (A Terra é redonda) 

Intermitências

O inferno é aqui

# Oriente Médio em trevas (Outras Palavras)

Reeclode a guerra civil na Síria, com possível participação de Israel e EUA. Agora, duas pinças oprimem o mundo árabe – Tel-Aviv e as monarquias conservadoras do Golfo Pérsico. Chama da descolonização esmaeceu, mas não está extinta

# Gaza bate recorde mundial de crianças amputadas (Opera Mundi)

Cirurgias sem anestesia são necessárias para salvar vítimas dos bombardeios de Israel, que já somam mais de 85 mil toneladas de explosivos

O ninho da serpente

Assassinato de Rubens Paiva teve operação para esconder corpo e torturador homenageado

# Jornal de Brasília

A hipocrisia da Folha e uma resposta que vem das redes

# Silêncio da direita sobre a trama golpista remete a alerta para retrocesso democrático (Folha)

# A Folha não sabia?  Elídio Alexandre Borges Marques, no Facebook

O que há de novo?

Brasil Paralelo lança produto contra a universidade pública brasileira

Lançado em 17 de setembro de 2024, após uma intensa campanha de propaganda que invadiu as redes sociais, o primeiro episódio de Unitopia tem, até o momento, mais de meio milhão de visualizações. Uma das teses centrais da peça, descrita como uma tentativa de revelar segredos da universidade pública brasileira, é divulgada logo no início, quando o físico Alan Sokal é mencionado como se tivesse realizado um experimento para provar a seus colegas a “corrupção nas instituições acadêmicas”. # Saiba mais (Le Monde)

Seleção Outras Palavras

Pensatas para o fim de semana

A guerrilha do mercado radicaliza contra Lula e velha mídia usa críticas à reforma fiscal para salvar Bolsonaro

O objetivo não é o acerto da reforma fiscal, coisa que os rentistas nunca quiseram. O objetivo é detonar a governabilidade e transformar a conjuntura nacional num complexo de variáveis à deriva. No meio disso... a possibilidade de salvar Bolsonaro e a extrema direita. Há lógica - e comando - nessa loucura. 

Por pouco...
Texto de Angelo Cavalcanti (via Serjão)
Meu caro, minha cara...

Por pouco e por muito pouco você não foi "delicadamente" empurrado para uma das deploráveis masmorras brasileiras; por bem pouco não quebraram seus dedos, não arrancaram suas unhas e não violentaram seu corpo.

Por pouco, você não teve que amargar o turvo de uma solitária imunda; aliás, uma _solitária_ é um cubículo, um receptáculo miúdo, malcheiroso, quente e enlouquecedor.

Tampouco e por bem pouco um singelo capitão bolsonarista, aos berros e escândalos, não te soltou um "_comunista, filho da puta!_"  ou te acusou de ensinar as produções de um terrível professor de indizível nome *Paulo Freire* (continue)

Ora...

Por pouco não tomaram seus documentos, cassaram seu nome, te desligaram de todas as modalidades e vínculos, profissionais, inclusive, com o serviço público.

Por pouco, na alta madrugada, não invadiram sua casa, não te algemaram de frente aos seus filhos, sua esposa ou seu companheiro e você, feito bicho arredio, não foi arrastado para o dentro lúgubre de um _camburão_ .

Alguém dos seus, por óbvio, iria questionar: " _Por que ele está sendo preso?_ " e que, de pronto, teria a seguinte " _deixa burocrática_ " como resposta: "_Por ameaçar a segurança nacional. Passar bem!_".

Olha...

Por pouco, você, com os braços quebrados, o ventre aberto e a pele queimada e chamuscada não foi largado em algum terreno baldio, n'alguma poça funda de lama ou no profundo do Rio Meia Ponte ou quem sabe, do Ribeirão João Leite.

Por pouco você não foi sequestrado, conduzido para local não informado e desconhecido e por lá, após sucessivas seções de tortura, não teve o corpo revirado ao avesso.

Por pouco...

Por bem pouco você não está no exílio; quem sabe n'alguma praça ou periferia de Buenos Aires, Santiago, La Paz ou Montevideo.

Solitário, incomunicável, vulnerável, desconfiado, triste! Com olhar, é claro, contemplativo, sereno e cheio, eivado de depressão.

Por pouco, meu amigo, minha amiga... você está vivo, está tranquilo, em paz e com as pessoas que você mais ama.

Você conseguirá com tranquilidade, ir na panificadora comprar aqueles pães franceses e matinais; trará os pães-de-queijo e que tanto gosta e, em seguida, seguirá às correções de trabalhos e provas de final de ano.

Está tudo bem...

Na segunda-feira teremos aulas normais, encontraremos nossos colegas, nossos alunos e as velhas e corriqueiras " _tretas_ " locais seguirão perpétuas e administraveis.

Mas saibam que por pouco... Por bem pouco " _ainda estamos aqui_ ".

*Viva a democracia!*

*Abaixo o fascismo!*

_Angelo Cavalcante_ - Economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Itumbiara.

# Maria Hermínia Tavares, imperdível: Bolsonaro, os militares e o golpe fracassado (Folha)

Brasil Paralelo: a vanguarda medieval como projeto de poder

Intercept: # O que é e o que faz o BP? # Para combater a educação "de esquerda", o BP já chegou a 284 escolas

Outras Palavras: # O BP e a manipulação da verdade histórica

Bolsonaro na cadeia!

# Então era assim o tão prometido golpe de estado? Wilson Gomes (Folha)

Relatório da Polícia Federal encaminhado ao STF pede indiciamento de Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas. Material teve o sigilo derrubado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e foi encaminhado à PGR. 

# Leia aqui os principais trechos do inquérito (G1). # E acompanhe o clipping do site sobre a conspiração de Bolsonaro e de seus simpatizantes

As sombras vistas por Bob Fernandes: "afinal, por que o general não foi preso?"

"Minha luta hoje é pela punição dos assassinos dos nossos filhos", diz mãe de uma das vítimas da chacina de 1o. de dezembro de 2019

Paraisópolis, 5 anos

# Data é lembrada com protesto e lançamento de pesquisa da Unifesp sobre repressão policial a bailes funk. Monica Bergamo, Folha

# No gueto de Paraisópolis. Postagem minha de dezembro de 2019 no velho blog. A matança promovida por Doria é a mesma que inspira Tarcísio. O problema não é o barulho nem a algazarra do funk, mas o ódio ao povo. 

Cancelar Tarcísio, um Bolsonaro disfarçado e repaginado, mas... pior que o original

Oposição e situação unidas contra a privatização dos cemitérios em SP

# Nunes defende empresas que acharcam usuários dos jazigos públicos e contraria determinação do STF: matérias 1, 2 e 3 da Folha 

O que há de novo?

Esquerda vence eleições no Uruguai

Yamandú Orsi, leva ao poder nova geração política marcada pela resistência ao neoliberalismo e amplia a força no Cone Sul latino americano do anti-fascismo contrário aos interesses do grande capital. 

# Uol # Opera Mundi # BBC  # 247

Antes que fujam ou fiquem impunes 

Indiciamento de Bolsonaro e de todos os bandidos que o têm acompanhado no delírio do golpe mostra muito mais do que o caos da representação política de direita; mostra o colapso institucional do país e aponta para a urgência de um amplo debate nacional que leve a mudanças estruturais em todas as áreas. Do jeito que está, o Brasil não aguenta...

General Mário Fernandes, um psicolata a serviço do fascismo bolsonarista (assista)

"Vamos pro vale tudo": documentário da Globo mostra toda a trama da conspiração

Acompanhe abaixo o clipping organizado pelo jornalista Francisco Bicudo, do Sindicato dos Professores de São Paulo (SinproSp)

“É preciso colocar o bolsonarismo na ilegalidade como é o nazismo" (IHU)

# Falam em entrevista ao IHU Miguel Rossetto, João Pedro Schmidt, Ruda Ricci

(acompanhe aqui o clipping do site)

Golpistas de articulam: Crescem e se consolidam na mídia narrativas que desqualificam investigações da PF e inocentam criminosos. Leniência da PGR e morosidade no desdobramento do processo pode frustrar a expectativa da sociedade com a punição severa dos conspiradores

Golpistas podem escapar

# A demora é sinal de alerta. Sylvia Moretzsohn (FB)

Golpistas podem escapar

# A Justiça precisa cuidar dos golpistas Gaspari (Folha)

Golpistas podem escapar

# Coronel insiste: eleição de Lula foi roubada (Folha)

# Fissuras no campo bolsonarista. Episódios 1 e 2 Armando Boito (ATR)

O que fazer com as Forças Armadas?

Estorvo institucional custa caro e é um peso morto nas regras da sociabilidade política e democrática. País ganharia se elas fossem parcialmente desativadas. Leia mais no clipping do site

Sakamoto: Morte de estudante por PMs mostra que Tarcísio moderado é um mito

O que há de novo?

Laerte, genial, na Folha deste 21/11

(acesse o clippping do site sobre a conspiração)

A noite dos longos punhais

Os pobres militares brasileiros, depois de todo o estrago histórico que têm provocado no país. ainda se permitem requintes de refinamento intelectual: a operação 'punhal verde-amarelo' - nome dado por seus criadores à conspiração por assassinatos em série contra autoridades constitucionais - na verdade é uma referência ao golpe que as SS nazistas deram sobre as SA para eliminar quaisquer vestígios de oposição a Hitler. A data do golpe: junho de 1934. Depois disso foi que o regime alemão ingressou na etapa que o caracterizou como um dos regimes mais sanguinários da História. Teria sido essa a inspiração de Bolsonaro e comparsas? Acho que sim...

# Eugenio Bortolon, Brasil de Fato 

Manchetes eloquentes

A apresentação ideológica que cada um dos nossos grandes veículos de informação após as revelações de 20 de novembro sobre o planejamento golpista

# Alexandre Hecker (A Terra é redonda)

As perguntas que não estamos fazendo

A deriva fascista de setores importantes do eleitorado que tradicionalmente se dirigia ao centro político é um fenômeno global e consistente. Nossa prioridade deve ser entender por que as mobilizações democráticas têm falhado cada vez mais.

# Artigo é de Giuseppe Cocco, Murilo Corrêa e Allan Deneuville (IHU)

Leia ainda: # A eleição de Trump e o sistema mundial. José Luis Fiori, Outras Palavras

Tarcísio apoia Bolsaro, depois do assassinato de mais um inocente pela PM paulista 

# Ouviram o silêncio de Tarcísio até esta 4a? Reinaldo Azevedo (Uol)

# A reação hipócrita de Tarcísio, o matador, sobre o indiciamento de Bolsonaro (Folha)

Bandidos

Polícia Federal descobre plano de militares bolsonaristas para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes e instalar no país regime totalitário sem paralelo na história brasileira. Nesta postagem, informações que advertem a sociedade sobre a ameaça da qual o país ainda não está livre. No clipping do blog, outras notícias e análises

# Discurso de Lula ao final do evento traduz doutrina anti-neoliberalismo. Brasil marca presença forte no cenário internacional (G1)

Joker: o sistema correcional o matou e o último filme de Todd Phillips atestou óbito 

A morte do Coringa

Segundo - e, ao que parece, o último - filme da série sobre o anti-heroi do caos neoliberal e pós-moderno de Gotham City, destrói a marginalidade revolucionária de Arthur Flack e o despolitiza no espetacularismo da cultura de massa. Na minha opinião, um desastre.

# Leia Eberval Gadelha Figueiredo JúniorA Terra redonda

Em tempo: tal qual ocorreu com personagens clássicos da cultura outsider (me lembro agora de Randle McMurphy/Jack Nicholson em Um Estranho no Ninho), a repressão, a prisão, o sanatório psiquiátrico, ou os mataram ou domesticaram sua rebeldia. 

Intermitências

“Será vingança de sangue”, diz um soldado, num funeral. Outro bloqueia a porta de uma casa em chamas, para que não escape ninguém. Sebastian Ben-Daniel (Outras Palavras)

Agenda da 3a feira

Vida além do trabalho

Manifestações confirmam desconforto com o desperdício da vida em empregos mal pagos, exaustivos e enfadonhos. Como a campanha pode ampliar-se e ser resposta ao capitalismo do séc XXI. Por que contra-argumentos são insustentáveis.

# Ezequiela Scapini, José Dari Krein, Marcelo Manzano e Pietro Borsari (Outras Palavras)

# O entretenimento como religião

Quando fala a língua do rádio, da TV ou da Internet, uma agremiação mística se converte à cosmogonia barata das mídias. Eugenio Bucci (A Terra é redonda)

Entre a digitalização e os 'dejetos' da industrialização. Márcio Pochmann (IHU)

O que há de novo?

# Contra o 'mega' de Trump. Leonardo Boff (A Terra é redonda)

Trump: governo de bandidos

Proxenetas, falsários, genocidas, feminicidas, punguistas,  homofóbicos, contrabandistas, torturadores, criminosos ambientais... essa é a 'massa crítica' que Trump selecionou para integrar o primeiro escalão do seu governo

# Para servir aos EUA, faço tudo de graça, diz Musk. Opção # Denúncias de crimes sexuais sobre indicados por Trump. Jamil Chade, Uol # Trump nomeia birutas e Musk. Vinicius Torres Freire, Folha. # "Pais fundadores" dos EUA não imaginaram que a Grande América cairia nas mãos dessa gente (GW)

Proibições de livros nos EUA mostram censura velada e refletem eleição de Trump

# Censura: as estratégias do drible. Walnice Nogueira Galvão escreve sobre os tempos da ditadura (A Terra é redonda)

Gerações


A luta pela redução da jornada de trabalho 

# A PEC que pode mudar a cena brasileira
Proposta de Erika Hilton revela: há espaço para retomar as mobilizações sociais, colocar a ultradireita na defensiva e mostrar que antissistema é a luta pelos direitos e o Comum. Mas há, na esquerda, quem insista em não enxergar.  Maria J. Pereira, Eduardo R. Pereira e Mateus dos Santos (Outras Palavras)

# Érika Hilton: O fim da jornada 6x1 é bom para o país (Folha) # O que é e como funciona a escala de trabalho 6x1 (Carta Capital) # O fim da escala de trabalho 6x1 (Exame) # O fim da escala 6x1 tem que ser negociada em acordos coletivos, diz ministro do trabalho (Uol) # Érika Hilton: PEC pelo fim da escala 6x1 quer levar debate à sociedade (Uol) # Jornada de Trabalho de 44 horas é herança escravocrata (Uol) # Redução da escala 6 x 1 é tendência no mundo inteiro, diz Alckmin (Uol) # Planalto fica animado, mas com cautela política (Folha) # Mídia esconde mobilização (Carta Capital) # Abolição da escala 6x1 é a boia que o governo demora a agarrar. José Roberto de Toledo (Uol) # Centrais Sindicais: "mais do que na hora" (Carta Capital) # Os próximos passos (Carta Capital)

Cautela no debate e olhos postos nas armadilhas da extrema-direita: # Marinho # Camila Bezerra # Gaspari # Vida além do trabalho

Terrorismo bolsonarista em Brasília

Francisco Wanderley Luiz, bolsonarista filiado ao PL, o autor do atentado, morto no próprio local da explosão

Bolsonarista deixou mensagem com ameaças de novas explosões (leia aqui)

A Grande Guerra

News Letter de Leandro Demori


A Praça dos Três Poderes voltou a ser alvo de um ataque terrorista na noite de quarta-feira (13). Um homem explodiu duas bombas, uma em frente à sede do Supremo Tribunal Federal e outra em um veículo estacionado próximo à Câmara dos Deputados. O homem, identificado como Francisco Wanderley Luiz, filiado ao PL e que foi candidato a vereador na cidade de Rio do Sul (SC), morreu em uma das explosões (continue a leitura)

De acordo com testemunhas que estavam em um ponto de ônibus próximo ao STF, o homem, ao passar pelas pessoas, as cumprimentou. Em seguida, todos ouviram uma forte explosão e em questão de segundos, mais uma e o suspeito já caído. No momento das explosões o presidente Lula já havia deixado o Palácio do Planalto e os ministros do STF haviam encerrado a sessão do dia. Eles foram retirados do tribunal. Já a sessão na Câmara dos Deputados foi suspensa assim que a morte do suspeito foi confirmada. No Senado, os trabalhos continuaram até as 21h, quando também foram suspensos.

Conforme uma funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU), que aguardava o ônibus no momento em que os artefatos foram detonados disse que com o estrondo da primeira explosão os seguranças tentaram se aproximar, mas em seguida o homem lançou a segunda bomba o que fez com que os seguranças se afastassem.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ativou o Plano Escudo, que permite que o Exército faça a segurança de alguns prédios como o Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada e do Jaburu e da Granja do Torto. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal.

Premeditação

O suspeito deixou uma mensagem contendo ameaças a políticos e jornalistas.

Carro bomba

No estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, um carro registrado em nome do morto também explodiu. Dentro do veículo foram encontrados artefatos explosivos, tijolos e outros objetos. Ninguém ficou ferido. Veja o vídeo do momento da explosão do carro: 

Acompanhe a cobertura do atentado amanhã no Desperta ICL às 7h! Assista aqui!

As razões do déficit fiscal: empresas receberam R$ 97,7 bilhões em incentivos fiscais até agosto

# Matéria publicada na Folha (leia aqui) exibe o escandaloso privilégio parasitário que mantém burguesia à margem do esforço pelo crescimento econômico do país. 

Lula na encruzilhada

Por trás da hesitação diante pacote proposto por Haddad, há uma guerra. A Faria Lima e a mídia chantageiam para definir de vez os rumos do governo. O presidente parece ter percebido que, se ceder, caminha para uma derrota desonrosa em 2026. José Luis Fevereiro, Outras Palavras (acesse)

Leia ainda # Esquerda fará com Lula o que fez com Dilma. Eduardo Guimarães (247)

Lula foi eleito em 2022 numa frente ampla que ia da esquerda até a parte da Faria Lima, mais exatamente a Febraban.

O mesmo acordo, “com o STF com tudo” que tirou Lula de Curitiba e anulou suas condenações fajutas, viabilizou a sua candidatura em defesa das liberdades democráticas e contra Bolsonaro.

A Democracia Liberal não é apenas um conjunto de regras para arbitrar as disputas entre classes sociais, mas também para arbitrar os conflitos intra classes sociais. Bolsonaro era disfuncional para isso e parte da burguesia brasileira decidiu se livrar dele.

O acordo com Lula, a Frente Ampla, não era apenas colocar Geraldo Alckmin na sua roupagem de simpático médico do interior como vice. Alckmin era o símbolo de um acordo.

Lula obtinha um expressivo impulso fiscal garantido pela PEC da transição que somava quase 200 bilhões de reais ao já turbinado orçamento de 2022 com a PEC eleitoral de Bolsonaro, revogava-se o teto de gastos, mas em contrapartida se aprovaria um novo arcabouço fiscal que garantiria novas amarras ao gasto público a serem usadas quando o desemprego baixasse a patamares que elevassem o poder de barganha do trabalho em relação ao Capital , viabilizando ganhos reais de renda além do crescimento da produtividade, reduzindo desta forma a participação dos lucros na renda nacional.

Parte da esquerda achou boa ideia a Frente Ampla e agora manifesta seu espanto quando a Banca cobra o cumprimento do acordado. Desde 2023 que se sabe que o arcabouço fiscal não se sustentaria sem o pleno enquadramento aos seus limites do conjunto dos gastos contidos no orçamento. A quebra dos pisos constitucionais da saúde e educação, a limitação da política de valorização do salário mínimo e os gastos previdenciários acabariam sendo colocados na mesa.

Lula tentou administrar essa situação empurrando com a barriga se possível até depois de 2026. Só que o desemprego caiu ao menor patamar desde 2013 e o trabalho recuperou condições de barganha em relação ao Capital. A burguesia cobra para já o cumprimento do pactuado.

A Faria Lima em si não tem voto, mas os aparatos mediáticos que se alinham com ela, como a Globo, por exemplo, formam opinião e foram importantíssimos na eleição de Lula. E a Faria Lima tem força para chantagear o governo pressionando o câmbio e contando com a colaboração do Banco Central.

Por outro lado, uma investida do governo Lula cortando renda dos mais pobres, tornando mais rígidos os critérios de acesso ao BPC, alterando a política de valorização do salário mínimo, e mexendo nos pisos da saúde e educação, atingirá diretamente a sua base social.

Nestas horas é importante lembrar que o Partido Democrata acaba de perder as eleições, não porque Trump tenha aumentado sua votação (perdeu mais de 1 milhão de votos em relação a 2020), mas porque mais de 10 milhões de eleitores de Biden em 2020 desistiram de votar este ano.

Lula tem dois caminhos pela frente. Manter o pacto da Frente Ampla e garantir mais tempo de trégua com seus aparatos mediáticos (nenhuma garantia de apoio em 2026, porque seguem sonhando com um candidato dos seus sem a disfuncionalidade de Bolsonaro) , pagando o enorme preço da perda de confiança e de motivação de parcela importante da base social que o elegeu com consequências eleitorais dramáticas em 2026; ou romper esse pacto, enfrentar os riscos inerentes a essa ruptura, governar os dois anos restantes sob fogo de barragem da mídia e sob a chantagem dos mercados, mas manter coesa e mobilizada a sua base social.

Em qualquer cenário, perder as eleições em 2026 será uma forte possibilidade. Mas se for para perder que seja defendendo os seus porque isso constrói melhores condições para o futuro. Melhor o risco de uma derrota eleitoral que o risco de uma derrota eleitoral com cara de derrota histórica.

José Luis Fevereiro

Economista formado pela UFRJ. Fui coordenador geral do DCE da UFRJ de 1982 a 1983 e representante dos estudantes no Conselho Universitário da UFRJ de 1983 a 1985. Secretário Geral do PT do Município do Rio de 1987 a 1988 e presidente do PT do Município do Rio de 1988 a 1989. Secretário Geral do PT estadual de 1989 a 1993 , membro da direção nacional do PT de 1990 a 1995 e da sua executiva nacional de 1993 a 1995. Membro da Direção Nacional do PSOL desde 2007.

Agora o país já sabe com quem é que a Folha tem o rabo preso

Cinismo(*)

Em junho de 2020, no 'cercadinho' de onde tripudiava sobre o povo brasileiro com ataques selvagens de primarismo político de todo o tipo, Bolsonaro usou um exemplar da Folha para mandar os jornalistas calarem a boca. Na edição deste 11 de novembro o jornal da Barão de Limeira se despiu de todos os disfarces que vem usando e acatou a ordem do ex-presidente (leia aqui o texto publicado pelo jornal e que teria sido escrito por Bolsonaro)

Era o que faltava na galeria de apoios que a Folha distribui, abertos ou sob disfarce: o gesto de complacência com aquele que é o maior canalha da história recente do Brasil é como uma declaração de princípios sobre a qual não pairam dúvidas; uma tribuna concedida a um indivíduo que nem mesmo tem direitos políticos plenamente assegurados tal é o volume de crimes que praticou contra a ordem constitucional do Brasil. 

Com seu jeito despudorado de insinuar "estamos com você", a Folha permitiu que um cara desses esbofeteasse o país inteiro mais uma vez e, o que é pior, com a assinatura de um jornal que já teve algum lastro de credibilidade na sua história.

(*) Os cínicos foram conhecidos como aqueles que vivem como cães ou como os filósofos "caninos". Eram reconhecidos por sua falta (...) de pudor, por seu comportamento feroz com aqueles de quem não gostam.

Publicação de artigo de Bolsonaro, um notório golpista, na Folha, é golpe no estômago

Era necessário um editorial vigoroso que desmascarasse, ponto por ponto, as falácias do impostor. Ricardo Kotscho, Uol (acesse)

Ao longo de minha carreira como jornalista, um ensinamento simples, mas profundo, de Frederico Branco, um veterano do Estadão, sempre me guiou: "tem coisa que pode e tem coisa que não pode".

Esta máxima parece mais relevante do que nunca ao observarmos a recente publicação de um artigo intitulado "Aceitem a democracia" por um notório golpista, sem que houvesse, no mesmo jornal, uma contestação firme e imediata aos absurdos, mentiras e insultos lançados contra a imprensa e as instituições.

Muitos me procuraram, sabendo da minha antiga relação com a Folha, perguntando o que aconteceu com o jornal. E, honestamente, não sei o que responder. O que está em jogo é a credibilidade de um veículo com mais de 100 anos de história. Esse é o momento em que a instituição deve uma resposta clara e firme a seus leitores.

Era necessário um editorial vigoroso que desmascarasse, ponto por ponto, as falácias do impostor que, há pouco tempo, buscava silenciar essa mesma imprensa antes mesmo de tomar posse. Os leitores mereciam uma análise contundente, que relembrasse seu histórico de ataques contra as instituições e a tentativa de golpe ao perder as eleições.

Permitir que alguém inelegível, cuja trajetória está marcada por afrontas à democracia, publique sem contrapeso um texto com o título "Aceitem a democracia" é, no mínimo, um golpe no estômago.

Ricardo Kotscho

Jornalista, é colunista do UOL, trabalhou na Folha e em outros veículos e foi secretário de Imprensa no primeiro governo Lula


O governo Tarcísio e o desmonte do patrimônio social, cultural, econômico... de São Paulo

Primeiros sinais de um desastre

Tudo indica que a eleição de Trump joga o mundo numa zona indefinida e esfumaçada de problemas radicais, todos impensáveis quando se associa o nível de racionalidade técnica sob o qual vivemos às iniciativas (algumas já em andamento) de natureza social e cultural anunciadas pelo 'novo' presidente dos EUA. Há no meio dessa tensão um paradoxo explosivo que parece ser alimentado por um doente disposto a testar qual é a fronteira além da qual se encontra o desastre global. Sei não, quem viver verá...

O que há de novo?

# Lott, um herói # Repercussões sobre o início da nova era trump # Por que precisamos falar sobre o fascismo? # Ainda estou aqui: belo filme sobre tempos amargos da nossa história # Deputado aciona MP contra Derrite # Sartre: o que é ser um intelectual # Cambridge contra o 'presentismo' 

Respire fundo

11 de novembro de 1955 

Teixeira Lott: em defesa da democracia


Projeto de Lei que inscreve o nome do Marechal Lott no livro dos heróis e heroínas da pátria, segue parado na CCJ devido a oposição bolsonarista. # Por Bruno Falci, O Cafezinho

Leia mais: # O que foi a 'novembrada' - a resistência de Lott em defesa da posse de JK (Wikipedia) # Lott aborta golpe e assegura posse de JK (Memorial da Democracia) # Marechal Lott, a opção das esquerdas (UFF)

# Ao lado de Jango, Teixeira Lott, o soldado que frustrou o golpe contra a posse de JK.

Os movimentos fascistas não acabaram com as mortes de Mussolini e Hitler. Railson Barboza (Le Monde)

# Chucky e a facada democrática na América

Com Trump, estão suas promessas de usar força militar, conter livre arbítrio feminino e deportar imigrantes. Muniz Sodré (Folha)

O estágio atual de decadência da democracia liberal não convence mais ninguém. Tarso Genro (A Terra é redonda)

Falsa explicação transforma em alvo quem contribui na construção de projetos inclusivos. Flávia Biroli e Luciana Tatagiba (ATR)

O plano de ação bolsonarista gestado na eleição de Trump

Enquanto a mesa central de um espaço de eventos no resort de luxo Mar-a-Lago, em Palm Beach, mostrava Donald Trump a poucos minutos de comemorar a vitória que o confirmou como novo presidente dos Estados Unidos, três brasileiros tiravam uma selfie para registrar o entusiasmo com o plano político desenhado para o futuro do Brasil (continue a leitura).

Ainda estou aqui

# Comentário sobre o filme de Walter Salles, por Eric Chiconelli Gomes (A Terra é redonda)

# Mas onde é aqui?  Fernando Barros e Silva (Piauí)

“Aqui no estado de São Paulo virou política governamental colocar a polícia em velório de gente que morre pelas mãos da polícia”, criticou o ouvidor Cláudio Aparecido (na foto, à direita, de costas).

Policiais cercam velório de garoto, secretário despreza sentimento de familiares e desafia ouvidor

# Leia mais (HP)
# Ivan Valente vai ao MP contra Secretário da Segurança de Tarcísio (Folha)

Sartre: o que é ser intelectual

São tempos de academicismo estéril, imprensa cínica e falácias de neutralidade técnica. Vale, então, resgatar as provocações sartreanas: diante da necessária reconfiguração das esquerdas, como os pensadores podem resgatar a voz e a escuta dos desvalidos? # Outras Palavras

Contra o presentismo

A “revolução na história do pensamento político” de Cambridge, apesar de sua insistência na primazia do contexto histórico, em termos gerais não aplicou seus preceitos a si mesma. A tese é do historiador e filósofo marxista inglês Perry Anderson.

A acusação — se não o termo — de “presentismo”, como a abstração de ideias do passado de seu contexto histórico para usá-las erroneamente no presente, ganhou notoriedade pela primeira vez com The whig interpretation of history de Herbert Butterfiled, escrito no começo da década de 1930.

# Leia o texto integral do artigo em A Terra é redonda.

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