Você confia nesse cara?

O que era para ser um gesto cerimonioso de abertura do leilão para a construção do Rodoanel, Tarcísio de Freitas, um sujeito destemperado e sem qualquer controle do que diz e faz, trasformou numa exibição performativa de violência. Dá para ver o ódio que ele exala no seu semblante.

Eu não quero um sujeito assim em cargo algum, muito menos no governo do meu estado.

Sugiro que a Assembleia Legislativa aprove uma licença por tempo indeterminado (mas sem vencimentos) das funções que desempenha.

Falando nisso, é possível reabrir o inquérito que apurou a veracidade do domicílio eleitoral declarado por Tarcísio no pleito de 2022?

Tarcísio de Freitas (de onde ele é mesmo?), um aventureiro bolsonarista (e seu cúmplice) que caiu nas graças da estupidez de uma parte do  eleitorado paulista e... tornou-se (em apenas 10 meses) o pior governador que São Paulo já teve.

O que dizem as urnas

# Um olhar sobre as eleições de 1º/10. O papel das candidaturas democráticas. A importância da articulação nacional e os erros táticos. A força das igrejas. E a falta de atuação permanente em órgãos vitais no território e na disputa de valores ( leia mais)
# Eleição do Conselho Tutelar mostra ultradireita vivíssima no Brasil (leia mais)

Um banco a serviço dos interesses públicos 

Lula discursa na cerimônia de posse de Aloísio Mercadante na presidência do BNDES

Lula disse 2 coisas importantes no Rio de Janeiro, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. A primeira foi a maneira direta e precisa como definiu os atos terroristas ocorridos em Brasília em 8 janeiro: "revolta dos ricos que perderam as eleições".  A esta altura, de tudo quanto foi descoberto sobre a armação golpista, só mesmo bolsonaristas fanáticos, alguns setores das Forças Armadas e o Estadão - além dos próprios financiadores da baderna -  é que ainda põem em dúvida a base social de apoio da sedição fascista cujo objetivo era destituir Lula. O que se viu em Brasília foi a explosão do desespero que as elites brasileiras vocalizaram na agonia civil desse lumpen em que se transformaram as gangues da extrema-direita brasileira.

A segunda coisa dita por Lula com muita propriedade foi a definição que deu ao lugar que o BNDES tem na política econômica que será implementada em seu governo. Aqui revela-se a natureza social do projeto desenvolvimentista com o qual tanto o presidente quanto os nomes-chave de sua equipe se identificam: direcionar o crescimento econômico como instrumento de distruibuição da riqueza e de melhoria geral das condições infraestruturais do capitalismo brasileiro.  Há nessa opção, cuja filosofia Lula herda do pensamento social-democrata, uma clara disposição em tornar o Estado não a caixa de poupança dos interesses privados, mas o ente condutor e norteador dos investimentos financeiros voltados para a sociedade na sua forma mais ampla, tarefa para qual nossa burguesia é completamente despreparada; e não só despreparada, mas parasita do dinheiro público e incapaz de estimular a inovação técnica e produtiva do próprio sistema que tem nas mãos. Como disse alguém, nossos empresários são figuras do pequeno capital. Para quem duvida disso recomendo uma breve observação sobre a forma selvagem como concentram riqueza nas suas mãos em meio à massa de carências em que vivem os brasileiros.

O BNDES tem agora nas mãos de Mercadante o desafio de vencer, com resultados expressivos, a barreira política que se ergue contra ele enquanto portador dessa nova filosofia. 

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