Chile

"Não vou renunciar! Colocado numa encruzilhada histórica, pagarei com minha vida a lealdade ao povo. E lhes digo que tenho a certeza de que a semente que entregamos à consciência digna de milhares e milhares de chilenos, não poderá ser ceifada definitivamente. [Eles] têm a força, poderão nos avassalar, mas não se detém os processos sociais nem com o crime nem com a força. A história é nossa e a fazem os povos" (mensagem de Salvador Allende pouco antes de se suicidar durante o bombardeio aéreo do palácio La Moneda, em Santiago, no dia 11 de setembro de 1973).

11 de setembro de 1973

Salvador Allende, um dos mais importantes dirigentes políticos internacionais do reformismo socialista, é deposto por um grupo de militares golpistas arregimentados pelo imperialismo dos EUA e pelas elites conservadoras e assassinas de seu próprio país. 

A violência da intervenção armada contra a legalidade legítima de um governo democrático é um registro histórico sobre a necessidade de que seja o próprio povo o protagonista na luta pela defesa da liberdade e da justiça em todas as épocas. 

Nesta postagem de  'histórias' o resgate da memória dos dramáticos momentos vividos em setembro de 73 e o registro da 'ousadia da vontade' que é, ao fim e ao cabo, a força dinâmica dos movimentos sociais . 

Na foto, mulheres no ato Nunca Mais, diante do Palácio La Moneda, em Santiago
* Não estar no Chile hoje (Vladimir Safatle, A Terra é redonda)
* Homenagens a Allende na véspera do 11 de setembro (Tutaméia)

Viva Chile!

(a insurreição da burguesia)

(o golpe de estado)

A batalha do Chile III
(o poder popular)

Meu país imaginário      (Patrício Guzmán)

 50 anos do golpe (Jornal da USP)

Venceremos!
Hino da Unidade Popular, 1970

El pueblo unido...
Festa de vitória de Boric, 2021

Soldados de Augusto Pinochet queimam livros marxistas e a serigrafia América Desperta, 28 de setembro de 1973. Acesse aqui a imagem original da obra

Dossiê revela a extensão do golpe e suas consequências internacionais

Desfechado para interromper o processo de mudanças sociais e econômicas no Chile, o golpe militar de 1973 desencadeou uma onda de movimentos reacionários que marcou a primeira ofensiva neoliberal na América Latina e em outras regiões do globo. O balanço dessa tentativa de virada histórica (cujo ciclo ainda tem remanescentes) foi feito pelo Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e pelo Instituto de Ciências Alejandro Lipschutz e divulgado agora por ocasião dos 50 anos do movimento que derrubou Allende.